LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE
Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos - Capítulo Brasil criou este abaixo-assinado para pressionar Governo Britânico e 1 outro
Queridos Companheiros,
Assange morre aos poucos. As notícias que chegam são que está sendo drogado na prisão de Londres. Aparenta dificuldade de entendimento. Passa 23 horas por dia isolado. Enfim, uma pessoa que só fez divulgar fatos que eram escondidos pelos EUA em seus ataques a outros países. É um combate que podemos fazer enquanto lutamos por outras causas. Não vamos ficar indiferentes a mais essa injustiça. As denúncias que haviam contra ele na Suécia já foram retiradas. Se ele for extraditado para os EUA, na melhor das hipóteses será condenado a 175 anos por espionagem, traição, vai saber o que mais.
Hoje iniciamos uma importante Campanha pela Liberdade de Julian Assange junto à Rede EDH (Em Defesa da Humanidade) conforme texto abaixo para somar o maior número possível de assinaturas exigindo a liberdade de Assange.
Não podemos nos omitir perante a prisão e tortura que ele está sofrendo na prisão em Londres onde se encontra isolado.. Para isso precisamos divulgar por todos os meios que temos.
Vamos nos unir à Campanha !
Seguimos juntos. Divulgue. Participe.
Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos.
LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE
Em um comunicado público do último primeiro de novembro, o Relator Especial das Nações Unidas sobre a Tortura, Nils Melzer, expressou "seu alarme pela contínua deterioração da saúde de Julian Assange desde sua detenção no início deste ano, ao afirmar que sua vida está agora em perigo".(1)
Melzer, em seu relatório de maio, tinha expressado: "Em 20 anos de trabalho com vítimas de guerra, violência e perseguição política, nunca tinha visto um grupo de Estados democráticos se unir para isolar, demonizar e abusar deliberadamente de um indivíduo durante tanto tempo e sem respeitar a dignidade humana nem o estado de direito". Ele acabava de visitar com uma equipe médica especializada o cárcere de segurança máxima de Belmarsh , Londres.
Uma de suas conclusões é que o detento "mostrou todos os sintomas típicos de uma exposição prolongada a tortura psicológica, stress extremo, ansiedade crônica e trauma psicológico".
Assange refugiou-se em junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres. Em agosto o governo do presidente Rafael Correia concedeu-lhe asilo político. Por não poder sair daí, pois seria preso e seguramente extraditado aos Estados Unidos, se converteu em um prisioneiro. "A nacionalidade equatoriana que se lhe outorgou em dezembro de 2017 não foi suficiente para mudar sua situação"
Em 11 de abril deste ano o novo presidente de Equador, Lenin Moreno, a pedido do governo estadunidense, retirou-lhe o asilo e a nacionalidade. Então foi entregue às autoridades britânicas, que o confinaram em Belmarsh. Isolado, e sem poder preparar sua defesa, está à espera de um julgamento que decidirá sua extradição aos Estados Unidos onde, sob as acusações atuais poderia ser condenado até a 175 anos de cárcere.
Assange, editor de Wikileaks , é acusado por Washington de "conspiração" e "espionagem", ao ter divulgado a muitos meios de imprensa do mundo dos "Diários de Guerra". Estes são milhares de documentos militares e diplomáticos sobre múltiplos crimes de guerra estadunidenses no Afeganistão e Iraque.
O Relator Melzer disse sobre isto: "Enquanto o governo de Estados Unidos processa o Sr. Assange por publicar informação sobre graves violações de direitos humanos, incluindo tortura e assassinato, os servidores públicos responsáveis destes crimes continuam gozando de impunidade".
Entre outros, seu trabalho foi reconhecido em 2011 com o Prêmio Walkley por sua Contribuição Destacada ao Jornalismo; o Prêmio Martha Gellhorn de Jornalismo; o Prêmio Índice de Censura; o New Média Award de The Economist; o New Média Award de Anistia Internacional e o Prêmio Gavin MacFayden de 2019. Wikileaks também foi nominado em 2015 para o Prêmio Mandela da ONU e sete vezes para o Prêmio Nobel da Paz (de 2010 a 2015 e em 2019).
Há algumas semanas um grupo de jornalistas e comunicadores iniciaram uma campanha por sua liberdade. Nela se proclama: "Se o Governo de Estados Unidos pode processar Julian Assange por publicar documentos classificados, abrirá caminho para que os governos processem jornalistas em qualquer parte do mundo, o qual seria um perigoso precedente para a liberdade de imprensa a nível mundial [...] Em uma democracia, deve ser permitido revelar crimes de guerra e casos de tortura e abuso sem ter que ir ao cárcere. Esse é, precisamente, o papel da imprensa em uma democracia". (2)
Até esta data não responderam nem mil jornalistas a esse chamado. Muito poucas organizações de direitos humanos têm assumido seriamente a defesa de seu caso. Por que esta atitude para Assange? O Relator Especial, Melzer, tem uma explicação: "Após ter sido desumanizado mediante o isolamento, o ridículo e a vergonha, foi muito fácil privar de seus direitos fundamentais sem provocar a indignação da opinião pública mundial".
O editorial de Le Monde Diplomatique de dezembro de 2019, diz: "A perseguição ao senhor Assange por parte das autoridades estadunidenses vê-se alentada pela covardia dos jornalistas que o abandonam à sua sorte, e inclusive se deleitam com sua desgraça".
Portanto, nós, integrantes da Rede em Defesa da Humanidade e quem venha se somar a este chamado, exigimos o respeito ao devido processo legal, a não extradição e a libertação imediata de Julian Assange. Instamos os organismos nacionais e internacionais, aos intelectuais e a jornalistas e seus meios a pôr fim à campanha empreendida contra este valente ser humano pelo delito de revelar crimes de guerra contra a humanidade. Exigimos que se comunique fidedignamente à opinião pública sobre esta terrível violação a seus direitos fundamentais. Como diz o Chamado dos jornalistas: "Os tempos perigosos exigem um jornalismo valente".
1) - https://www.ohchr.org/en/newsevents/pages/displaynews.aspx?newsid=25249&LangID = - https://news.un.org/es/story/2019/11/1464781
2) https://speak-up-for-assange.org/periodistas-alzan-la-voz-en-defensa-de-julian-assange/7
https://redh-cuba.org/liberte-pour-julian-assange/
http://cuba-networkdefenseofhumanity.blogspot.com/2019/12/freedom-for-julian-assange.html?m=1
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